Uma mãe de Missouri, nos Estados Unidos, decidiu compartilhar a rara história de sua bebê recém-nascida. Em entrevista à emissora KFVS 12, Taylor Ice revelou que a filha nasceu sem os olhos, uma condição genética que afetou, até agora, apenas 30 pessoas no mundo inteiro.
Ice relatou que teve dificuldades para engravidar do marido, Robert, e que acreditou que havia se tornado mãe apenas quando ouviu o choro de Wrenley. “Quando a ouvi, eu comecei a chorar. Quero dizer, ouvi-la foi simplesmente perfeito”, disse a mulher. No entanto, naquele mesmo instante, ela percebeu que a bebê não abria as pálpebras.
Após uma série de exames e avaliações, os médicos disseram que Wrenley nasceu com uma anoftalmia, uma condição genética rarissima, que faz com que os bebês nasçam sem o tecido ocular ou os nervos ópticos, em um ou ambos os olhos. A pequena também nasceu sem cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. Por conta da combinação desses fatores, ela nasceu sem conseguir abrir as pálpebras.
“Esta é uma condição incrivelmente rara, há menos de trinta casos descritos no mundo”, afirmou o médico geneticista Nate Jensen ao veículo. Uma análise mais detalhada da genética da bebê revelou ainda um distúrbio chamado PRR-12. “No distúrbio PRR-12 há um espectro de como os pacientes são afetados pela condição. Alguns pacientes com a mesma alteração genética têm um olho afetado e pode estar com o órgão totalmente ausente, como no caso de Wrenley. Em outros casos, os olhos podem ser apenas menores. No caso dela, ambos os olhos foram afetados e ambos estão completamente ausentes”, explicou.
Dr. Jensen informou que as pesquisas e o conhecimento científico sobre a doença ainda são limitados, e que o desenvolvimento intelectual e físico da recém-nascida podem sofrer impactos. Ele também disse que há 50% de chance de Wrenley transmitir esse distúrbio para seus futuros herdeiros, mas as causas da anomalia não são claras.
“Não há nada que a mãe ou o pai de Wrenley tenham feito para causar isso, não há nada que pudessem ter feito para evitar isso – é totalmente aleatório”, afirmou o especialista.
FONTE: Revista Crescer