O estudo das psicoses infantis ainda apresenta diferentes conflitos na comunidade científica. O motivo está nos variados profissionais que tentam oferecer diversos conceitos, baseando-se em diferentes pesquisas. Para entender as psicoses infantis, é fundamental que o médico realize uma especialização no assunto, como a Pós-Graduação em Psiquiatria da Infância e Adolescência.
Assim, é possível obter conhecimentos específicos sobre transtornos psiquiátricos, diagnósticos, medicamentos e tratamentos em crianças e adolescentes portadores de doenças psicossomáticas. A seguir, conheça um pouco mais sobre as psicoses infantis e o curso de Pós-Graduação em Psiquiatria da infância e Adolescência.
O que são psicoses infantis?
As psicoses infantis são um agrupamento de enfermidades nas quais se observa a perda de contato latente com a realidade, caracterizando um quadro mental grave. Normalmente, as psicoses infantis estão associadas a comportamentos atípicos, assim como dificuldade com o afastamento da mãe (ou outra figura materna), delírios, alucinações e problemas na interação social, começando na infância e muitas vezes perdurando até o fim da vida.
Classificação das psicoses infantis
As psicoses funcionais são denominadas por oposição às psicoses para as quais poderiam ser detectadas por uma causa orgânica, e às psicoses psicogênicas, associadas a um fator psicodinâmico desencadeante.
Nesta classificação, o foco consiste com a etiologia do quadro, sendo a esquizofrenia a principal representante da enfermidade. Outra classificação possível das psicoses infantis seria a de acordo com o início e duração dos sintomas: agudas ou crônicas.
Na psiquiatria, ainda existe um posicionamento de que a esquizofrenia e o autismo infantil seriam a mesma entidade, sendo os critérios diagnósticos são praticamente os mesmos. No entanto, o consenso atual é de que se trata de entidades distintas por questões teóricas e também por um embasamento na genética, quadro clínico e quadro neurológico. Dessa forma, podemos dividir as psicoses infantis em:
- Psicoses agudas: transtorno psicótico breve (psicoses reativas ou psicogênicas);
- Psicoses agudas e recorrentes (psicose ciclóide);
- Psicoses induzidas por substância ou psicoses orgânicas agudas.
- Psicoses crônicas: esquizofrenia;
- Transtorno esquizoafetivo;
- Transtorno esquizofreniforme;
- Transtorno delirante persistente.
Diagnóstico das psicoses infantis
O diagnóstico clínico das psicoses infantis é feito por meio de sessões de psicanálise com a criança ou adolescente. Assim, o brincar se torna relevante para a construção da relação entre o médico e paciente, permitindo ao profissional perceber como a criança se posiciona em relação ao outro.
Além disso, é possível oferecer modalidades de brincar que possam convidar a criança a produzir diferentes sentidos em sua brincadeira. Contudo, é importante não fechar o diagnóstico clínico estrutural na infância, mesmo que a criança apresente sintomatologia psicótica.
Desse modo, não se utiliza o termo “cura”. Afinal, em um primeiro momento, não se considera uma enfermidade, mas sim um sofrimento psíquico no qual será pensado uma forma de tratamento. Ainda assim, por meio da psicanálise, a criança, em processo de constituição, pode sair de um quadro de sofrimento psíquico.
Tratamento das psicoses infantis
O tratamento das psicoses infantis é voltado para duas vertentes: farmacológica e socioeducativa. O tratamento farmacológico restringe-se aos medicamentos neurolépticos ou antipsicóticos.
Tratamento farmacológico
Infelizmente, os estudos relacionados a essas drogas na infância são em número menor que em adultos. As pesquisas com os neurolépticos são iniciadas na população adulta, e somente após anos os medicamentos são autorizados para uso na infância.
Ainda que nos últimos anos tenha surgido um número importante de neurolépticos com eficácia comprovada e menores efeitos adversos, sua utilização no tratamento das psicoses infantis ainda é restrita.
O haloperidol, uma droga utilizada há muitos anos, continua sendo uma boa opção para o tratamento das psicoses infantis. Mesmo com efeitos colaterais, são drogas extremamente seguras, visto que os efeitos são facilmente controlados. Outra boa alternativa é a risperidona. A olanzapina também tem
sido muito usada no tratamento das psicoses infantis, apresentando boa resposta.
Abordagem psicossocial
Ainda não existem estudos que mostram que determinadas técnicas psicoterápicas são efetivas no tratamento das psicoses infantis. As ações socioeducativas voltadas à família, soluções de problemas e habilidades de comunicação com a criança têm sido mais efetivas para diminuir as crises.
O tratamento ao nível de hospital/dia mostra uma evolução favorável para os casos. Dessa forma, a criança pode ser assistida por uma equipe multidisciplinar ao permanecer no hospital/dia entre duas a cinco vezes por semana, por meio período. A família deve participar de algumas atividades, recebendo orientação sobre a doença e possíveis abordagens de fatores dinâmicos que podem interferir no quadro.
Orientação e terapia familiar
Na maioria dos casos, a presença de uma criança doente em uma família acaba levando a um desequilíbrio nas relações, principalmente quando se trata de uma doença mental. Muitas vezes, uma criança com enfermidade mobiliza sentimentos variados, os quais necessitam ser trabalhados, nos integrantes da família, como culpa, raiva, medo, vergonha, fracasso, entre outros.
Em certas situações, a orientação familiar pode solucionar o problema. No entanto, em famílias onde já havia conflitos antes mesmo do diagnóstico, uma criança doente aumenta a rede de preocupações já existente. Com isso, a criança não tem a possibilidade de mudança, e necessita de um processo de terapia familiar, melhorando a compreensão e solução de tais conflitos.
Pós-Graduação IEFAP Psiquiatria da Infância e Adolescência
Para diagnosticar, cuidar e orientar sobre as psicoses infantis, o profissional deve estar qualificado para exercer o papel de especialista. Isso se torna viável por meio do curso de Pós-Graduação em Psiquiatria da Infância e Adolescência do IEFAP. Na especialização, o médico pode se preparar para oferecer aos pacientes um atendimento holístico e qualificado aos pacientes, além da orientação necessária para os familiares.
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