As doenças cardiovasculares são as principais causas de morbimortalidade no mundo. Sendo a hipertensão arterial um fator de risco estabelecido para o desenvolvimento destas patologias. Por isso, é fundamental discutir a importância do diagnóstico, tratamento e prevenção da hipertensão arterial.
Afinal, com o controle adequado dos níveis pressóricos, é possível evitar o desenvolvimento de insuficiência cardíaca, doença arterial coronária, aterosclerose e mais.
Confira, a seguir, as condutas necessárias para o diagnóstico, tratamento e prevenção da hipertensão arterial.
O que é a Hipertensão Arterial?
A hipertensão arterial é uma doença crônica e não transmissível, definida por altos níveis pressóricos. Como uma condição multifatorial, que depende de fatores genéticos, ambientais e sociais, a hipertensão arterial é caracterizada pela elevação persistente dos níveis da pressão arterial.
Ou seja, a pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mmHg, e/ou a diastólica maior ou igual a 90 mmHg, aferidas com a técnica adequada, em pelo menos duas ocasiões diferentes e na ausência de medicação anti-hipertensiva.
Fatores de riscos para Hipertensão Arterial
Os fatores de risco podem variar de uma pessoa para outra. Isto é, sendo os principais: genéticos, idade, sexo, etnia, ingestão de sódio, sobrepeso, sedentarismo, ingestão de álcool, apneia obstrutiva do sono, medicamentos e fatores socioeconômicos:
- genética: pode influenciar os níveis de PA entre 30-50%;
- idade: o envelhecimento, torna a hipertensão arterial um problema significante, resultante do enrijecimento progressivo e da perda de complacência de grandes artérias;
- sexo: a pressão arterial é mais elevada entre homens mais jovens, mas a elevação pressórica maior nas mulheres com o aumento da idade;
- etnia: fator de risco importante para hipertensão arterial. Contudo, as condições socioeconômicas e de hábitos de vida são fatores mais relevantes;
- sobrepeso/obesidade: a obesidade visceral, também conhecida como abdominal, é a mais associada com a hipertensão arterial e doenças cardiovasculares;
- ingestão de sódio: a elevada ingestão de sódio, superior a 2 g de sódio, o equivalente a 5 g de sal de cozinha, aumenta o risco para hipertensão arterial:
Outros fatores de risco para hipertensão arterial
- sedentarismo: a falta de atividade física, menos de 150 minutos de atividade física por semana ou 75 minutos de exercícios vigorosos por semana aumenta significativamente o risco;
- álcool: a ingestão de álcool causa impactos ao elevar os níveis pressóricos com seis ou mais doses ao dia, o equivalente a 30 g de álcool/dia (1 garrafa de cerveja, 2 taças de vinho, 1 dose de destilados;
- fatores socioeconômicos: os riscos de hipertensão arterial aumentam em pessoas com menor escolaridade, condições de habitação inadequada, baixa renda familiar de forma significativa;
- medicamentos: algumas medicações, muitas vezes adquiridas sem prescrição e drogas ilícitas promovem a hipertensão arterial, entre eles, estão os inibidores da monoaminaoxidase e simpatomiméticos, antidepressivos tricíclicos, hormônios tireoidianos, contraceptivos orais, anti-inflamatórios não esteroides, glicocorticoides, ciclosporina, eritropoietina, drogas ilícitas (cocaína, cannabis sativa, anfetamina e 3,4-metilenodioximetanfetamina);
- apneia obstrutiva do sono: grau leve, moderado e grave da apneia obstrutiva crônica está associada ao aumento da pressão arterial.
Diagnóstico
A avaliação inicial do paciente com hipertensão arterial deve incluir a confirmação do diagnóstico, a suspeita e identificação de uma causa secundária, e a avaliação do risco cardiovascular.
São parte da avaliação a aferição da pressão arterial no consultório e fora dele. Assim, utilizando a técnica adequada e equipamentos calibrados. Além disso, deve-se obter o histórico pessoal e familiar, realizar o exame físico e investigação clínica e laboratorial.
Pós-graduação em Cardiologia
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