Avanço no tratamento humanizado de lesões graves reforça inovação no SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) acaba de registrar um importante avanço no cuidado de pacientes com queimaduras: o Ministério da Saúde anunciou a incorporação do transplante de membrana amniótica como procedimento oficial. A nova diretriz representa uma evolução significativa na forma como o país trata lesões graves, promovendo mais qualidade de vida e recuperação mais eficiente para os pacientes.
A membrana amniótica é um tecido biológico extraído da placenta no momento do parto, com autorização prévia das doadoras. Rica em propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas e cicatrizantes, ela tem demonstrado excelentes resultados na recuperação de áreas da pele afetadas por queimaduras. Sua aplicação ajuda a acelerar o processo de cicatrização, reduz o risco de infecções e proporciona alívio da dor — fatores cruciais na jornada de reabilitação dos pacientes.
Além disso, esse tecido atua como uma barreira natural contra bactérias e contribui para a diminuição da formação de cicatrizes hipertróficas e queloides, que costumam comprometer a funcionalidade e estética da pele em casos mais severos. Com a sua incorporação ao SUS, o procedimento torna-se acessível a milhares de brasileiros que dependem do sistema público de saúde, garantindo um tratamento mais eficaz e humanizado.
O Ministério da Saúde destacou que essa medida faz parte de um conjunto de melhorias implementadas nos últimos 100 dias no Sistema Nacional de Transplantes. Entre elas, estão a inclusão de novos procedimentos na Tabela SUS e o fortalecimento das Câmaras Técnicas Nacionais — importantes órgãos de suporte e avaliação técnica para os transplantes no Brasil.
O uso da membrana amniótica, embora já utilizado em alguns centros especializados, agora terá seu acesso democratizado com o respaldo do SUS. Isso representa não apenas um avanço técnico, mas também um passo estratégico em prol da equidade no atendimento e da valorização da ciência nacional.
Para os profissionais da saúde, especialmente os médicos que atuam em centros de queimados ou em unidades de urgência e emergência, essa é uma oportunidade de atualização e aprimoramento profissional. Estar por dentro dessas novas práticas pode significar uma atuação mais precisa, empática e atualizada com os avanços da medicina regenerativa.
No IEFAP, instituição de referência em Pós-Graduação Médica, acreditamos que o conhecimento deve acompanhar a evolução da saúde pública. Por isso, temas como transplantes, inovação terapêutica e tratamentos regenerativos fazem parte da formação de excelência que oferecemos aos nossos alunos.

