A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença inflamatória sistêmica, autoimune, crônica e progressiva. Caracteriza-se por poliartrite simétrica, aditiva e predominantemente periférica, afetando principalmente pequenas articulações (como metacarpofalangeanas e interfalangeanas proximais).
Segundo dados epidemiológicos, a AR acomete entre 1% e 2% da população geral, com maior prevalência em mulheres (2 a 3 mulheres para cada homem) e pico de incidência entre 50 e 75 anos. Além da dor e rigidez articular, a doença pode comprometer pele, olhos, pulmões, coração e até o sistema nervoso, impactando de forma significativa a qualidade de vida dos pacientes.
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Diagnóstico precoce: chave para melhores desfechos
O diagnóstico da AR deve ser realizado com base nos critérios do ACR/EULAR 2010, que consideram o número de articulações acometidas, sorologia (FR e anti-CCP), tempo de duração da sinovite e marcadores inflamatórios como VHS e PCR.
Na fase inicial, muitas vezes não há erosões radiográficas, mas exames complementares como ultrassonografia e ressonância magnética podem identificar sinais precoces de sinovite ativa. O reconhecimento rápido é essencial para evitar deformidades irreversíveis e manter a função articular.
Tratamento: do “tight control” ao “treat to target”
O manejo da AR evoluiu para estratégias centradas em controle estrito da atividade da doença (tight control) e definição de metas claras (treat to target), com objetivo de alcançar remissão ou baixa atividade inflamatória.
- 1ª linha: DMARD sintético, preferencialmente metotrexato (droga-âncora), em monoterapia ou associado a outros imunomoduladores.
- 2ª linha: introdução de DMARDs biológicos (anti-TNF, anti-IL6, abatacepte, rituximabe) ou inibidores de JAK, geralmente associados ao metotrexato.
- 3ª linha: troca de biológicos ou inibidores de JAK, conforme resposta clínica e perfil do paciente.
Além do controle da atividade inflamatória, é fundamental monitorar comorbidades, reduzir fatores de risco cardiovascular e oferecer suporte multiprofissional.
Prognóstico e desafios na prática clínica
Apesar dos avanços, a AR ainda está associada a alto risco cardiovascular, maior morbidade e impacto socioeconômico relevante. Fatores de pior prognóstico incluem:
Capacitação médica em Reumatologia
Por fim, o manejo da Artrite Reumatoide exige conhecimento atualizado sobre fisiopatologia, terapias imunomoduladoras e diretrizes de tratamento. A formação especializada capacita o médico a oferecer uma prática clínica baseada em evidências, garantindo melhores resultados para seus pacientes.
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