Neste artigo, entenda quais são os riscos cardiovasculares em pacientes diabéticos. Leia o conteúdo completo sobre o assunto:
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, estima-se que 382 milhões de pessoas no país são portadoras da doença, fator que contribui para o aumento de riscos cardiovasculares devido ao diabetes mellitus (DM).
Por se tratar de uma doença crônica, as chances de complicações são elevadas, exigindo que a doença seja tratada de acordo com a necessidade do paciente. Continue a leitura para conferir os riscos cardiovasculares no paciente diabético.
Etiopatogenia do diabetes
Segundo a classificação da Organização mundial da saúde (OMS) e Associação Americana de Diabetes (ADA) a doença é classificada da seguinte maneira:
- DM tipo I: quando ocorre a destruição das células beta levando a deficiência de insulina no organismo;
- DM tipo II: a interação de fatores genéticos e ambientais levam a defeitos na ação e secreção da insulina e na regulação da produção de glicose pelo fígado;
- Outros tipos inespecíficos de DM: forma menos comum que pode ter apresentação clínica variada;
- DM gestacional: intolerância à glicose com início ou diagnóstico durante a gestação. É similar ao DM II e acontece em 1-14% das gestações;
- Pré-diabetes: está presente em indivíduos com fatores de risco para desenvolvimento de DM e doenças cardiovasculares (DCV).
Sinais clínicos
Os sinais clínicos do diabetes ajudam no diagnóstico da doença, complementando os exames utilizados. Entre eles, estão o ganho de peso, irritabilidade, falta de concentração, tríade diabética, infecções urinárias de repetição, infecção de pele, perda da massa muscular e cansaço ao esforço.
Um dos testes usados para confirmar a suspeita diante destes sinais é o TOTG (teste oral de tolerância à glicose). Este é um exame simples, de interpretação rápida, capaz de definir a doença inicial e explicar a resistência à insulina.
Diagnóstico
O diagnóstico do diabetes é realizado da seguinte forma: um paciente sintomático, com poliúria e polidipsia, que ao realizar o teste de glicemia casual tenha como resultado ≥ 200 mg/dl é considerado como suspeita. Além disso, é necessário realizar o teste de glicemia de jejum, com valor de referência ≥ 126 mg/dl.
Da mesma forma, o teste de glicemia de 2h pós-sobrecarga de 75 g de glicose ≥ 200 mg/dl. A hemoglobina glicada (HbA1c) avalia o grau de exposição a glicemia durante o tempo. O diagnóstico é confirmado no valor HbA1c superior ou igual a 6,5%.
Riscos cardiovasculares em pacientes diabéticos
Sabendo que o diabetes mellitus é uma patologia sistêmica, é importante conhecer os riscos cardiovasculares que essa doença apresenta, visto que é uma das principais causas de morte por formação de aterosclerose.
O risco de infarto devido o diabetes chega a 40% em homens e 50% em mulheres. Quando se instala, a doença é capaz de potencializar outras condições, como a hipertensão arterial e colesterol elevado. Entre os riscos cardiovasculares que o diabetes causa, estão:
- doença arterial periférica;
- insuficiência cardíaca;
- acidente vascular cerebral;
- aterosclerose;
- infarto agudo do miocárdio.
Isso acontece devido os fatores de risco que o diabetes eleva no organismo. O endotélio, revestimento interno das células, perde suas propriedades protetoras, permitindo que células anormais adentrem o vaso.
Dessa forma, a anormalidade no endotélio inicia a formação das placas de gordura (aterosclerose). O metabolismo do diabetes cria partículas de gordura são modificadas quimicamente, tornando-se tóxicas à parede da artéria.
Essas partículas tóxicas são absorvidas para dentro da parede da artéria, e por fim matam as células. Isso resulta na reserva de gordura, conhecida como placa aterosclerótica. As plaquetas iniciam a formação de coágulos no sangue.
Por serem mais aderentes em pacientes com diabetes, aumentam a chance de obstrução do endotélio anormal que, por sua vez, aumenta o risco de rompimento, expondo sangue à placa gordurosa na parede. Esse é um poderoso estímulo para a formação de coágulos que obstruem a artéria, resultando em infarto e acidente vascular cerebral.
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