Resumo
A obesidade é uma grande preocupação global e geralmente é atribuída a uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Diversas hipóteses foram propostas para explicar as origens evolutivas da epidemia de obesidade, incluindo genótipos de “thrifty” e “drifty” e alterações na termogênese. Aqui, apresentamos a hipótese da metainflamação, que propõe que, devido às intensas pressões de seleção exercidas por patógenos ambientais, genes específicos que ajudam a desenvolver um mecanismo de defesa robusto contra doenças infecciosas apresentaram vantagens evolutivas, e que isso pode contribuir para a obesidade nos tempos modernos devido às conexões entre os sistemas imunológico e de armazenamento de energia. De fato, incorporar as variações genéticas da microbiota intestinal à complexa estrutura genética da obesidade a torna mais poligênica do que se acreditava anteriormente. Assim, desvendar as origens evolutivas da obesidade requer uma abordagem multifacetada que considere a complexidade da história humana, a composição genética única de diferentes populações e a influência do microbioma intestinal na genética do hospedeiro.
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Autor: Prof. Mário Saad da Unicamp – Pós-graduação em Endocrinologia do IEFAP.

