Nova esperança no combate ao Alzheimer: conheça o Kisunla
A luta contra o Alzheimer acaba de ganhar um reforço importante no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do Kisunla (donanemabe), um medicamento inovador destinado ao tratamento de pacientes em fase inicial da doença. Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o Kisunla é indicado para adultos com comprometimento cognitivo leve ou estágio leve de demência, desde que confirmado o acúmulo de placas amiloides no cérebro — uma das principais características do Alzheimer.
O Kisunla atua diretamente na redução das placas de proteína beta-amiloide, substâncias tóxicas associadas à degeneração neuronal característica da doença. A ação do medicamento é voltada a retardar o avanço dos sintomas, oferecendo maior qualidade de vida e mais tempo de autonomia aos pacientes.
Estudos clínicos conduzidos pela Eli Lilly mostram resultados promissores. Após seis meses de tratamento com o donanemabe, 30% dos pacientes apresentaram níveis considerados negativos de placas amiloides no cérebro. Esse índice subiu para 66% após 12 meses e alcançou 76% em 18 meses. O tratamento é administrado por injeção mensal, o que representa uma abordagem prática e acessível para quem convive com a doença.
A aprovação do Kisunla nos Estados Unidos pela FDA (Food and Drug Administration) ocorreu em julho do ano passado. Agora, a autorização da Anvisa marca um passo importante para a medicina brasileira e para as famílias que enfrentam os desafios dessa condição neurodegenerativa.
Além de representar um avanço na terapêutica, o Kisunla evidencia a importância da formação médica especializada, especialmente na área de Geriatria. Com o envelhecimento da população, cresce a demanda por profissionais capacitados para lidar com doenças como o Alzheimer. A Pós-Graduação em Geriatria do IEFAP oferece o preparo necessário para atuar de forma qualificada e humana no cuidado com o idoso e nas estratégias de enfrentamento de doenças crônicas e neurodegenerativas.
Seja você um médico que atua na atenção primária, em clínicas ou hospitais, aprofundar seus conhecimentos em Geriatria é fundamental para acompanhar as inovações no tratamento de doenças que afetam diretamente a população idosa. O Alzheimer, por sua complexidade, exige um olhar multidisciplinar, técnico e empático — e essa formação pode fazer toda a diferença na vida de seus pacientes.

